A Tabela SUS Paulista consolida-se como uma política pública estruturante e estratégica para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de São Paulo.
Construída a partir de estudos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), sob a liderança do governador Tarcísio de Freitas e coordenação do secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, a iniciativa foi criada para enfrentar a histórica defasagem da Tabela SUS Federal e garantir maior sustentabilidade financeira às instituições filantrópicas.
A formulação do programa contou com um grupo técnico de trabalho que reuniu a SES-SP e a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), promovendo diálogo institucional e construção conjunta de soluções voltadas à ampliação do acesso, à qualificação da assistência e ao fortalecimento da segurança do paciente.

O superintendente do Grupo Santa Casa de Franca, Thiago Silva, participou ativamente desse processo e destaca que a Tabela SUS Paulista promoveu uma mudança estrutural no modelo de
financiamento e na organização da assistência, alinhada aos princípios da Organização Nacional de Acreditação (ONA).
“A Tabela SUS Paulista mudou a lógica de produção e o jeito que as Santas Casas trabalhavam. Ao permitir ampliar o atendimento com repasses complementares, conseguimos dar vazão a filas históricas, trazer previsibilidade ao financiamento e estruturar melhor a assistência, fortalecendo pilares como segurança do paciente, gestão integrada e qualidade do cuidado”, afirma.
Rede hospitalar fortalecida e impacto regional
Inserido nesse cenário, o Grupo Santa Casa de Franca consolida-se como um dos maiores complexos hospitalares filantrópicos do Estado de São Paulo. A instituição é responsável pela gestão do Hospital Geral, do Hospital do Coração e do Hospital do Câncer, em Franca, além de administrar seis Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) nos municípios de Franca, Casa Branca, Campinas, Avaré, São Carlos e Ribeirão Preto.

Ao todo, a rede atende aproximadamente 6 milhões de pessoas, distribuídas em 108 municípios do Estado. Desde a implantação da Tabela SUS Paulista, há pouco mais de um ano e meio, os resultados já são concretos: foram criados 55 novos leitos SUS, totalizando 345 leitos exclusivos, além da ampliação da resolutividade cirúrgica e do acesso a procedimentos de média e alta complexidade.
“Zeramos a fila de cateterismo cardíaco, ampliamos significativamente a capacidade cirúrgica e avançamos na assistência oncológica, sempre com foco em qualidade, segurança e acesso oportuno ao cuidado”, destaca o superintendente.
Sustentabilidade financeira com foco assistencial
O novo modelo de teto financeiro, atrelado à produção, beneficia instituições com forte perfil SUS, como a Santa Casa de Franca, que destina cerca de 95% de seus atendimentos ao sistema público. A medida contribui para a redução do déficit assistencial e financeiro, sem comprometer a qualidade e a segurança do cuidado.
Para 2026, a entrada em operação do Hospital Estadual Três Colinas deverá reforçar a rede pública regional, ampliando a oferta de leitos e serviços, reduzindo a pressão sobre a regulação e diminuindo os tempos de espera no SUS.
A experiência da Santa Casa de Franca evidencia que a Tabela SUS Paulista, aliada à gestão técnica e aos pilares da acreditação ONA, consolida-se como uma política pública essencial para garantir acesso, resolutividade, segurança do paciente e atendimento no tempo certo à população paulista.
